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13/06/2014

Advogado e o novo papel na empresa

Não faz muito tempo que a figura do advogado só era vista nas reuniões de gestão, quando um problema ou uma crise já se encontrava em andamento. Fazia parte da nossa cultura empresarial acioná-lo de forma reativa e no calor das emoções, tal qual paciente que espera os sintomas se agravarem para procurar o médico.

É inegável que o Brasil ingressou de fato no mercado global, como player e não como mero espectador, todavia esse movimento criou série de demandas nas organizações, atualmente envolvidas em questões complexas. Neste novo cenário, se tornou fundamental e obrigatória nas empresas a presença do executivo do Direito, munido de visão de negócios, conhecimento de legislação, experiência na negociação e elaboração de grandes contratos, processos de abertura de capital, fusões, aquisições, ou ainda nas áreas marítima, petrolífera e ambiental.

As grandes corporações largaram na frente ao perceber que o advogado executivo possui visão sistêmica e privilegiada do próprio negócio e suas muitas facetas, transformando-se em gestor que se envolve em todas as etapas do negócio. Em sua trajetória dentro da organização o advogado tem a oportunidade de acompanhar um tema desde o seu nascimento, participando das fases de planejamento e contratação, com o diferencial de conhecer também os bastidores, ou seja, as leis, os aspectos práticos do nosso ordenamento e da empresa, ignorados muitas vezes por quem toma as decisões.

Em um discurso, ou declaração, esse profissional dificilmente cometerá deslizes, verdadeiros pesadelos na era da informação, para qualquer acionista, que muitas vezes vê a imagem da corporação ser comprometida por uma declaração infeliz. Esta mudança ganhará ainda mais força nos próximos anos, pois o movimento econômico de abertura de capital de muitas empresas levará à maciça atuação de profissionais que tenham efetivamente bagagem com sólidos conhecimentos sobre a parte legal e compliance.

As empresas que complementarem seu staff executivo, com esse tipo de profissional, certamente terão grande vantagem competitiva na identificação de oportunidades e na velocidade de resolução de processos internos sobre seus concorrentes, além de reduzir sensivelmente os gastos e custas com o surgimento de demandas judiciais.

Por: Talles Franco Giaretta

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